Biodiversidade Brasileira no Setor Industrial

Objetivo do Curso
O curso intensivo em Biodiversidade Brasileira no Setor Industrial tem o objetivo de qualificar o profissional para interpretar os principais conceitos das legislações com vista ao cumprimento e regularização das obrigações da empresa quanto a Biodiversidade Brasileira frente ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). Visa, também, preparar o profissional para desempenhar atividades relacionadas à orientação quanto à identificação das Espécies de rastreio comum (matérias-primas/ingredientes) da Biodiversidade Brasileira, para a realização de processos de regularização das empresas que acessam o Patrimônio Genético (PG) e o Conhecimento Tradicional Associado (CTA) da Biodiversidade Brasileira ou, ainda, que exploram economicamente produtos decorrentes deste acesso. O curso, ainda visa preparar o profissional para efetivar Cadastros e Notificações no Sistema Eletrônico do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (SisGen), Envio ou Remessa de Amostra do Patrimônio Genético para o exterior, Repartição de Benefícios, Declarações de Receita Líquida e atendimento à Fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
A quem se destina
Biólogos, farmacêuticos, químicos, engenheiros químicos, advogados, administradores e outros profissionais. Indicado, também, a estudantes de cursos de graduação nas áreas relacionadas.
Turma
03
Início
05 Jun. 2025
Modalidade
EAD
Carga Horária
36 horas
Duração
02 meses
- Orientar as áreas da empresa quanto a importância e as necessidades para a regularização relativa ao acesso e exploração econômica da Biodiversidade Brasileira, junto ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima;
- Solicitar documentação ao fornecedor da matéria-prima;
- Pesquisar, através das bases de dados recomendadas pelo MMA, matéria-prima/ingrediente de rastreio comum para sua identificação de pertencimento à Biodiversidade Brasileira;
- Disponibilizar documentação necessária sobre as matérias-primas/ingredientes complexos, que necessitem de consulta a um especialista botânico para a sua identificação e conclusão;
- Verificar se o produto gera a obrigatoriedade de realização de Repartição de Benefícios e como processar este trâmite com o Departamento Fiscal;
- Acessar e utilizar o SisGen;
- Cadastrar Acesso ao Patrimônio Genético ou ao Conhecimento Tradicional Associado;
- Notificar produto acabado pertencente à Biodiversidade Brasileira;
- Realizar Envio ou Remessa de Amostra do Patrimônio Genético para o exterior;
- Consultar cadastros e notificações e obter seus Comprovantes e Certidões;
- Montar e realizar o envio anual obrigatório das Declarações de Receita Líquida Negativa e Positiva;
- Atender à Fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
Segundo o Meio Ambiente e Mudança do Clima, o Brasil ocupa quase metade da América do Sul e é o país com a maior biodiversidade do mundo, abrigando mais de 20% do total de espécies do planeta, em terra e água. Desde 1992, o Brasil é o país signatário internacionalmente da Convenção de Diversidade Biológica – CDB, assumindo, desta forma, uma série de compromissos como forma de trabalhar, principalmente, seus três pilares: a conservação da diversidade biológica, o uso sustentável da biodiversidade e a repartição justa e equitativa dos benefícios provenientes da utilização dos recursos genéticos. A CDB também estabeleceu que cabe a cada país regularizar (através de sua legislação nacional): o acesso e a repartição de benefícios, bem como, o consentimento prévio fundamentado, relativos aos recursos genéticos e aos conhecimentos tradicionais.
Os centros de pesquisa e desenvolvimento das indústrias estão realizando cada vez mais o Acesso ao Patrimônio Genético (PG), ou seja, usando as informações contidas nas espécies da Biodiversidade Brasileira, como amostras de plantas, animais, microrganismos e substâncias derivadas, com a finalidade de estudo estrutural, realização de testes de aplicação, desenvolvimento de produtos, como medicamentos, perfumes e cosméticos.
O Brasil foi um dos primeiros países a adotar uma legislação nacional sobre o tema, na forma da Medida Provisória (M.P.) Nº 2.052/2000; posteriormente, foi consolidada na M.P. Nº 2.186-16/2001; e em 2015, foi publicada a Lei Nº 13.123/2015, que instituiu novas regras para o acesso ao Patrimônio Genético (PG), remessa para o exterior, proteção e acesso ao Conhecimento Tradicional Associado (CTA) e Repartição de Benefícios, sob autoridade nacional do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGen). A referida lei determina, também, a assinatura de Termo de Compromisso como a providência necessária para a regularização na ocorrência de infração à legislação anterior, referente a realização das atividades de acesso ao PG ou ao CTA, acesso e exploração econômica de produto ou processo oriundo, remessa ao exterior de amostra e outras atividades, sem os devidos cadastramentos, notificações e outras obrigatoriedades, no período entre 30 de junho de 2000 e a data de entrada em vigor da Lei Nº 13.123/2015.
Desde 2022, o IBAMA está com a Operação Terra Brasilis, intensificando a fiscalização, com foco de verificar a regularidade de empresas e instituições que acessam o PG e o CTA ou, ainda, que exploram economicamente produtos decorrentes deste acesso e o cumprimento dos Termos de Compromissos firmados entre a empresa e o MMA, objetivando impedir infrações e destacar benefícios do uso correto da biodiversidade brasileira. Importante ressaltar que é considerada infração administrativa contra o patrimônio genético ou contra o conhecimento tradicional associado toda ação ou omissão que violem as normas previstas na Lei Nº 13.123/2015. Muitas empresas estão sendo notificadas e/ou autuadas pelo acesso ao PG e ao CTA em desacordo com a legislação acarretando diversas sanções administrativas e multas, que podem variar de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais), quando a infração for cometida por pessoa natural; ou de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), quando a infração for cometida por pessoa jurídica, ou com seu concurso, valores estes por cada acesso indevido.
Como muitas empresas desconhecem a existência dessas Legislações e a necessidade de se adequar para poder utilizar as matérias-primas/ingredientes da Biodiversidade Brasileira para a realização de pesquisa e desenvolvimento de produtos, a qualificação em Biodiversidade Brasileira no Setor Industrial, promovida por este curso é fundamental para evitar que sejam surpreendidas com a diligência dos fiscais do IBAMA, com resultante prejuízo financeiro e da sua imagem no mercado.
Coordenação
Cynthia Andrea Flores Illanes
Bacharel em Química com Atribuições Tecnológicas, Licenciatura em Química e Habilitação-Licenciatura em Física pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Possui 19 anos de experiência em Gerência/Coordenação/Especialista em Assuntos Regulatórios de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, Nacionais-Importados-para Exportação, Biodiversidade Brasileira (Capacitação e Treinamento), Gestão e Liderança de Equipe Regulatória Estratégica, Treinamentos Regulatórios, Desenvolvimento de Fórmulas, Criação e Implementação de Procedimentos, Fluxos, Processos e Expertise em Elaboração de MACRO/VBA para Informatização da Área em Controle e Análises Regulatórias. Atuou em indústrias fabricantes de produtos cosméticos (Johnson & Johnson e Lipson Cosméticos Terceirista), em consultoria In Company (Natura) e em Consultorias e Assessorias Regulatórias a empresas cosméticas nacionais de pequeno porte à multinacionais de grande porte (Gets Assessoria, Brandão Consultoria e Exata Consultoria). Certificate of Smart Project Execution & Delivery-Johnson & Johnson. Participação em Consultas Públicas e Acompanhamento de Alterações e Novas Publicações da ANVISA, MERCOSUL, INMETRO, CGen e Agentes Reguladores. Coordenadora de Curso e Docente no Instituto Racine.
R$1.996,00